1 – O QUE É PSICANÁLISE?
É a ciência/arte que objetiva a transposição inconsciente/consciente. Considerada como a forma de tratamento das neuroses atualmente denominadas “psiconeuroses” tem por norma seu tratamento através de: a) Processo de Livre Associação de Ideias; b) Interpretação dos Sonhos; c) Observação e Análise do Fenômeno da Transferência; d) Análise dos Atos Falhos (Parapraxias) e da Resistência. Sua abrangência limita-se:
Ao método de investigação do inconsciente;
A psicoterapia baseada nesse método e;
Ao conjunto de teorias e normas em que são sistematizados os dados introduzidos pelo método psicanalítico.
No dizer de Freud, “é uma profissão de pessoas leigas que curam almas e educam emoções, sem que necessariamente sejam médicos ou sacerdotes”.
O QUE A PSICANÁLISE NÃO É?
Não é medicina, nem tão pouco psicologia. Entretanto o médico e o psicólogo podem ser psicanalistas e o psicanalista, pode também, ser formado em medicina, psicologia ou outras áreas do conhecimento. Cumpre salientar, porém, que o diploma de médico ou psicólogo não constitui por si só, condição “sine qua non” para o exercício da clínica psicanalítica. Há uma obrigatoriedade de “formação em psicanálise”, para tal.
2 – O que é Psicanálise
A psicanálise é uma ciência que foi criada por um médico neurologista chamado Sigmund Freud, que a partir das observações constituídas de seus pacientes diagnosticados com neuroses desenvolveu as teorias psicanalíticas de investigação da mente humana seus traumas, fobias, complexos, pulsões, conflitos, transtornos, etc.
As teorias de Freud, são utilizadas em clínica para a compreensão do que ele denomina de inconsciente, e trazer para o consciente as causas que trazem o conflito gerado no indivíduo para buscar o equilíbrio do ser. Nas clínicas são comumente encontrados casos de neurose graves que são tratadas a partir de métodos com base em antidepressivos, drogas tranquilizantes e outras que minimizam e controlam os sintomas, contudo não os trata.
O psicanalista clínico trabalha com o objetivo de compreender o diagnóstico e explicar ao paciente de hospitais e centros psiquiátricos o que se passa, para que assim possa tratá-lo ou até mesmo curá-lo com a colaboração dele. Porém, esta tarefa não é fácil, pois os pacientes que estão hospitalizados têm dificuldade em colaborar, por serem tratamentos que podem trazer progressos em um longo prazo, com algumas frustrações que são acontecimentos próprios dos tratamentos psicanalíticos.
Para um bom trabalho do psicanalista clínico é necessária a utilização de vários recursos terapêuticos para que esse processo possa beneficiar mais o paciente. Mas para que estes recursos sejam executados é necessário que a clínica também ofereça as estruturas necessárias para a utilização do psicanalista. A atuação do psicanalista não é tarefa fácil, intervir nos conflitos da mente humana é um trabalho que exige a cooperação de muitos aspectos como o hospital, enfermeiros, métodos utilizados e o ambiente de vivencia do paciente para que o psicanalista conduza o caso de forma correta sempre objetivando a melhora do paciente.