Um grande número de pacientes que chegam a clínica psicanalítica trazem questões relacionadas ao comportamento de pai ou mãe, ou de ambos.
Ansiedade, depressão, angustia, questões alimentares, baixa autoestima e por aí vai!
Dentre tantas possibilidades de atuação do psicanalista está em “reconfigurar essa imagem da família” com base em sua história. Esse pai e essa mãe vieram de algum lugar encharcados pela história de suas próprias familias e, é muito possível, todavia, não raro, que essas pessoas não possam dar amor, afeto, carinho, aconchego, entendimento, compreensão, diálogo aberto, enfim.
Eles dão o que conhecem. Eles dão o que receberam.
De uma maneira, explico: Filhos e filhas gostarão de ler porque sempre viram seus pais envolvidos com livros. Está no nosso cerne copiar o que nossos pais fazem para atingir um objetivo assim, uma criança aprende que
– ler é bom,
– cuidar de plantas é bom,
– comer frutas, legumes e verduras é bom,
– ter um animal é bom,
– respeitar as pessoas diferentes é bom,
– participar de conversas é bom e por aí vai.
Crianças não nascem racistas, homofóbicas, misóginas, ageítas, etc.
Elas aprendem.
Independentemente de sua idade hoje, pode ser que você tenha reprimido alguma ameaça, alguma violencia sofrida (recalque) por si, ou por outras pessoas.
Nesse sentido é que se dá o trabalho do psicanalista. Escutar o seu paciente atentamente (atenção flutuante) e perceber como, por exemplo, esse paciente se expressa através da associação livre de palavras, e os chistes, atos falhos, etc.
Psicanalista Roberto Warken 